No primeiro semestre de 2020, junto com a pandemia do novo coronavírus, dispararam as vendas de aspiradores de pó robô no Brasil. Comparando o mês de abril deste ano com o de 2019, houve um aumento de mais de 800%, com 17 mil unidades compradas, segundo a consultoria GfK. A categoria movimentou mais de R$ 13 milhões no país. Faz sentido: ficando mais tempo em casa, uma mãozinha robótica nos afazeres domésticos vem a calhar. Assim, os mais modernos e tecnológicos aspiradores - conhecidos como "robots vacum" - conquistaram de vez seu espaço em muitos lares brasileiros.
Mas como ele funciona? Basicamente, é um compacto sistema de sucção, como o de um aspirador comum, que se move pela casa como um carrinho bate-bate até acabar a bateria. O processo é auxiliado por algumas pás ou escovas rotativas na parte de baixo do equipamento, que vão varrendo a sujeira, direcionando para o bocal que faz a aspiração, com a força de um motor. O lixo é armazenado em um compartimento com filtro, que precisa ser esvaziado periodicamente. Uma dica para quem vai começar a usar o aparelho é fechar a porta do cômodo que pretende limpar. Assim a ação do robô é concentrada em uma área e ele não corre o risco de "fugir" sem ter acabado ou se perder pela casa.
Para se movimentarem com segurança e eficiência, os robozinhos são equipados com sensores infravermelhos. Os principais, presentes nos "para-choques" de todos os modelos, detectam obstáculos e riscos de queda, desviando deles sem bater forte ou cair. Os aparelhos mais caros também têm sistemas que mapeiam os cômodos, percebem se estão debaixo de um móvel, intensificam a limpeza em alguns casos e até voltam automaticamente para a base carregadora ou esvaziam o compartimento sozinhos.
Estes robôs mais inteligentes, que fazem leitura de ambientes, usam lasers ou câmeras. Um recurso interessante para quem deseja deixar o robô funcionando sozinho - não há a chance de perdê-lo pela casa e a limpeza é mais eficiente e regular. Ele reconhece os cômodos, decide o melhor trajeto e se concentra onde está mais sujo. Você pode até parar uma faxina no meio e retornar depois, do mesmo ponto. Com a popularização do conceito de casa inteligente e integrada, há também os aspiradores robôs smart, conectados por Wi-Fi e Bluetooth. Através de um aplicativo é permitido recursos como monitorar a rota, mudar a função e agendar limpezas.
Qual robô aspirador comprar? Ainda não temos muita variedade de modelos por aqui, como acontece nos Estados Unidos. Mas há algumas opções, para todos os bolsos, com mais ou menos recursos. Além de considerar o custo do aparelho, há alguns fatores importantes a serem analisados, como: tempo de uso, ambiente e piso (frio, carpete ou tapete). Para começar, é preciso ter em mente que o aspirador robô será um ótimo aliado para a faxina do dia a dia: basicamente, tirar pó acumulado e pouca quantidade de cabelos ou pelos de animais.
Ambientes com muita sujeira precisam de um aparelho mais caro, que também passe pano ou esfregão. Para grandes quantidades de pelos de animais, o robô precisa ter mais força de sucção e um coletor grande. Aspiradores com maior potência conseguem sugar até pequenas pedras e lixinhos - as opções variam muito, entre 14w a 55w. Uma dica: tamanho é documento! Um robô bem fino consegue entrar debaixo de diversos móveis - porém, tem o coletor pequeno e, em geral, menor potência e bateria. Um mais alto fará uma aspiração mais eficiente, porém irá entrar apenas em áreas maiores. Então meça os espaços da sua casa que deseja manter limpo e veja as dimensões do aparelho. Se sua casa for grande, é interessante optar por um modelo maior, com bateria de maior capacidade, para conseguir fazer a faxina em uma vez só. Ou então adquirir dois menores, para trabalharem simultaneamente em diferentes áreas. Os fabricantes informam o tempo máximo de duração da carga e/ou a metragem estimada de limpeza. O tamanho do compartimento de lixo também é importante. Um robô com pequena capacidade demanda que você tome conta dele, esvaziando-o algumas vezes durante a faxina. Também é mais suscetível a entupimentos - por pelos de animais, por exemplo. E, se isso acontecer sem você perceber, ele vai espalhar sujeira pela casa, em vez de limpar.
O tamanho do compartimento de lixo também é importante. Um robô com pequena capacidade demanda que você tome conta dele, esvaziando-o algumas vezes durante a faxina. Também é mais suscetível a entupimentos - por pelos de animais, por exemplo. E, se isso acontecer sem você perceber, ele vai espalhar sujeira pela casa, em vez de limpar. E os animais de estimação? Além da questão dos pelos, é importante ver qual a reação do seu bichinho ao novo aparelho. Há alguns que se divertem - você já deve ter visto vídeos de gatos passeando em cima de um aspirador -, muitos ficam curiosos, e outros se sentem ameaçados ou com medo. Nos primeiros usos, fique por perto para ver como eles vão reagir. Os riscos de ferimentos são praticamente inexistentes, mas um cachorro grande pode estragar o aspirador com algumas mordidas. Retirar jornais e tapetes higiênicos também é uma boa ideia - se um robô encontrar algum cocô do bichinho pelo caminho, vai espalhar sujeira pela casa. Por fim, cuidado com desníveis. Nem todos os robôs têm força nas rodas para subir pequenos degraus ou mesmo tapetes e podem entalar ou cair. Fios de outros eletrodomésticos e chinelos também são obstáculos: erga o que puder, para que o robô não corra o risco de ficar com as vassourinhas presas.
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